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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Entendendo a lei do acasalamento por compensação

Muita gente fala e comenta que a melhor forma de evoluir com um plantel é utilizar na hora de montar os casais a teoria da compensação. Essa teoria consiste em suprir uma falha fenotípica de um dos pares, para isso usamos um outro par que possua em seu fenotípico perfeição no mesmo item que seu par tem falha, com isso tentasse balacear o fenotípico dos filhotes no item trabalhado.
O danado dessa lei, teoria ou técnica, é que todo mundo parece entende-la na teoria, mas na hora de pô-la em pratica, surgem diversas dúvidas levando o criador a vários erros na montagem de seus casais.
Como nossa praia é a canaricultura de porte, deixemos que outro amigo mais entendido discorra sobre o acasalamento por compensação voltado para os canários de cor, vamos nos concentrar em aves de porte, e para isso, usaremos como exercício dois casais de gloster para que vocês possam entender melhor como funciona essa pratica.
Abaixo vocês podem ver as quatros aves que farão parte desse nosso excercício


Analisemos as aves da foto, primeiro temos que saber qual o sexo delas para podermos montar da melhor maneira os dois casais, outro ponto legal na hora de formarmos os casais é pensarmos nas possibilidades de cores que queremos ou podemos tirar.


A ave A é uma fêmea melanica nevada com topete, analisando ela pela foto, percebemos que apesar de ser um bom exemplar falta nela um pouco de acabamento embaixo e também vemos a necessidade de mais volume de penas e topete também, os pontos positivos dessa femea, são o tamanho e largura da cabeça e pescoço, além é claro de uma plumagem firme e bem ascentada.

A ave B tamém é uma femea com topete, so que fundo branca pintada, essa canaria parece melhor que a outra pois é uma ave mais harmonica com mais volume e também um excelente tamanho e plumagem.


A ave C é um macho consort pintado nevado, possui bom volume e cabeça boa, tem sobrancelhas excepcionais uma caracteristica maravilhosa para se tirar boas aves com topete

A ave D é também um macho consort nevado, só que esse por sua vez é um melanico e canela, também possui cabeça e forma maravilhosa, excelentes sobrancelhas, maravilhoso volume e acabamento final, ponto negativo dessa ave, de todas as 4 aves é a que possue um pouco de destaque no pescoço, pouco é verdade, mas possue.

Para formarmos 2 casais a partir dessas 4 aves tendo em vista a teoria da compensação, o primeiro ponto é imaginarmos também o foco que queremos dar no que se refere a coloração da prole, nesse caso por exemplo além de formarmos os casais com o intuito de se compensar falhas, podemos formar os pares pensando em tirar determinadas cores. Por exemplo.


Se formarmos por exemplo o casal C com o B, além de compensarmos estaremos também definindo um caminho claro que queremos seguir com relação as cores dos futuros filhotes, como se trata de um fundo amarelo nevado pintado (e pouco pintado) e um fundo branco também pouco pintado, esse acasalamento poderá gerar filhotes, melanicos, pintados e lipocromicos, e provavelmente mais pintados claros e lipocromicos, tanto fundos amarelos nevados como também fundos brancos. Já com relação a compensação observemos o seguinte, o macho apesar de ser uma ave maravilhosa, mostra-se com um tamanho ja puxado pra uma ave maior, ja a femea percebemos que é uma ave bastante miúda, moral da historia quando juntamos as duas a ideia é que uma compense a outra, essa é a lógica da teoria de casal por compensação. Outra caracteristica que se tenta compensar nesse acasalamento que podemos vir a observar é que a cabeça da femea poderia vir a ser um tanto quanto maior e com isso mostrar um topete mais farto de penas, como o macho consorte possue uma boa cabeça e uma maravilhosa plumagem nas sobrancelhas, o que é ideal para fazer filhotes com topetes mais cheios.


O outro casal que podemos formar seguindo a teoria, é com a ave D e A, já com esse casal priorizamos tirar aves melanicas nevadas, a ideia compensatória com esse acasalamento, é principalmente no volume de caixa o macho compensando a femea, e diminuição no comprimento do pescoço, nesse caso quem compensa o macho é a femea, o macho também pelo volume de sobrancelha e cabeça compensa a femea, aumentando o volume de seu topete.

Espero que com esses dois exemplos fique mais claro a teoria compensatória de formação de casais, pratica que realizada com observação e cuidado fará com que seu plantel evolua com qualidade real.

2 comentários:

  1. Gostaria de ver os filhotes deste 2 acasalamento.

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  2. Não sei se compensa ou manda para frente genes menos apreciados . A não ser que isso seja feito somente em uma geração base da linhagem depois os subsequentes sejam sempre usados com a fusão dos que os dois tem de melhor. Não estou afirmando somente conjecturando pois não tenho experiência para tal.

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